Dobra o vento e o sentido, os versos e os suspiros entregues aos descaminhos desconversados em silêncio. Dói o peito e desanda a alma - a chama desesperada que incendeia e ilumina a estrada alardeada pelos percalços do tempo. Tenho vontade de fugir toda vez que respiro, toda vez que persisto, toda vez que insisto em um amor que ainda não inventaram.
Desperta as lástimas e os anseios, os desejos e desassossegos entregues à vontade iminente de me misturar às montanhas. Perder-me nos traços e compassos desnivelados pelos dedos mágicos de um desenho em transe. Invento fôlego na saudade da poesia que gesticula a sobriedade da vida. Toda vez que abro os braços, sinto em mim mais uma despedida.
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