Depois do primeiro ou segundo beijo, ela pediu para parar. Mergulhou os olhos no chão com tristeza, passou a mão esquerda por cima da orelha para arrastar o cabelo e ficou brincando com pés embaixo da mesa, indo e voltando. Lembrou uma música – a nossa música – e cantou baixinho, bem baixinho, exatamente como tinha cantado pela primeira vez quando ainda estava na quarta ou quinta garrafa de cerveja de uma outra sexta-feira. Esperou em silêncio por três ou cinco minutos - respirando e disfarçando - para enfim ter coragem de perguntar: “Quando você vai?”
Bernardo Biagioni
Bernardo Biagioni
4 comentários:
...e você se supera cada vez mais!
Tristeza. Ela poderia sair do padrão, ou talvez, sair da realidade, ser inexistente. O que você acha?
Então;
Aproveitem;
Fujam!
- Abraço.
para onde você vai?
Que bunito triste!
"e eu chorando pela estrada mas o que eu posso fazer? trabalhar é minha vida mas eu gosto mesmo é d´ocê!"
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