Na terceira cerveja já me olhava diferente, isso posso garantir. Tinha pouco medo, muita vontade e um tanto desconsiderável de insegurança, toda sua velha e pobre cobrança estava começando a se esfarelar em perguntas pouco profundas. "O que você espera?", arriscou, seguindo em um largo gole na quarta ou quinta garrafa da noite. Tirei um cigarro calmamente do bolso, pedi o isqueiro sem olhar em seus olhos e dei um longo trago como se fosse o último trago da minha vida. "Quero ir", respondi, olhando para os meus pés e tragando pausadamente todas as lágrimas do mundo. Eu quero ir para o mundo.
Um comentário:
as vezes, eu quero só te agradecer pelas palavras. mas, de novo, parece que já conhecemos o som de tudo.
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