Não é que agora eu tenha me cansado da cidade, dos carros, das luzes ou das praças. Mas é que, de alguma forma, parece que agora eu já conheço o barulho de tudo, sabe? Das manhãs de domingo, dos passos do vizinho quando a novela termina e das portas rangendo por culpa dos ventos fortes que aparecem pela noite. Tudo é tão previsível, triste e opaco. Sinto que preciso mudar, ver novas conversas e escrever cartas de saudade. Preciso colocar o meu carro de volta na estrada e ouvir o doce e insuperável barulho do silêncio.
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