terça-feira, julho 14, 2009

Roma

E se eu falar que é amor? Assim sem drama, trama, versos ou capítulos cuidadosamente selecionados pelo requinte do Universo, a Lei dos Versos, versadores e poetas. Tão precoce, eloquente e por ora necessário, todo este sentimento que estupefata o mundo em gargalhadas destemidas é, eu juro, a maior verdade que a minha verdade ousou confessar. Não me lembre os dias, as datas, as provas e os encontros, todos esses apetrechos bobos da razão humana que dita em lista os compassos do Peito. Livre como deve ser, é meu mais novo desacato à sofridão dos Ventos, seus caminhos tortuosos, oblíquos e controversos. Amor como se diz quando se está amando, puro como os oceanos distantes, leve como os voos das manhãs, os rompantes dos pássaros e suas penas flutuantes. Ambíguo e rosa púrpura dissimulada, insatisfeito com a insatisfação da saudade, essa outra mentira forjada dos caminhos desencontrados. Amor como só é o amor. Ríspido, rápido e momentâneo. Corre pelos sulcos da Vida como as águas de uma cachoeira em transe: Inevitável.

Bernardo Biagioni

4 comentários:

Anônimo disse...

Eterno quanto dure, seja!

Anônimo disse...

Daqui a pouco eu apaixono também!

MFernanda disse...

realmente inevitavel e inconsequente,infelizmente ou felizmente nunca saberemos ate que provemos dele.

Jackellyne Oliveira disse...

descrevo essas linhas em: nó na garganta!