Arrebatador de amores mundanos. Doce leviano tormento da espécie humana, um verdadeiro cachorro, como convém ser nomeado quando se entrevem pelas pernas nuas dessas noites inebriantes. Safado, indolente e nada puro, colarinho deposto, chapéu nas mãos e sua latinidade tão forjada quanto o tipo de penteado que usa. Conquistador barato, pitoresco desaparato das esquinas que cruza, dos beijos que abusa e dos amores que inspira. Dramaturgo e poeta, encena em cenas os sambas que samba em papéis avulsos, exdrúxulos e lamuriados. Amigo, profeta e para sempre galanteador. Galanteia a vida na triste garantia de que será um eterno refém de sua própria poesia. "Coitado" (...).
Bernardo Biagioni
Bernardo Biagioni
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