Ah! que saudade tenho do teu corpo. Sentir meus pulsos reverberarem as frações sanguineas que labirintam-se pelas suas fiações carnais. Que falta me faz o teu cheiro. O sabor animalesco do pecado correndo pelo viés do nosso desatento pensamento. Como queria arrepiar-lhe os desejos. Tornar Sua alma diante da sagrada profananidade da Nossa alma. Por sua culpa, oh tão grande culpa, não gozaremos das impurezas profundas deste nobre momento. Dormiremos como dois enquanto poderíamos sorver o tempo de um só. Nunca toquei seu rosto, não vê? O pobre desgosto dos nossos desencontros perpetuaram a ternidade de nossas desavenças. Que vontade tenho de você. Abraçar-te junto aos gotejos de chuva que brincam na parede da janela. Ainda vejo nos meus olhos os teus olhos. Sinto-me como um convidado imperfeito para seu banquete celestial. Que triste, pois. Esqueci o meu límpido convite n'aquele próspero temporal que imaginei para nós dois.
E agora?
Quando te vejo?
Bernardo Biagioni
E agora?
Quando te vejo?
Bernardo Biagioni
8 comentários:
"Dormiremos como dois enquanto poderíamos sorver o tempo de um só"
Genial!
Tomara que não, mas ainda vou usar isso.
E esse é o seu encanto.Você transmite esperança.As coisas que escreve faz o mundo parecer mais bonito.Bem, se não mais bonito, mais agradável.Você consegue com pequenos detalhes, deixar tudo mais claro.Um dia, quem sabe, eu ainda vou ver a chuva brincar na parede da janela, e vou estar sorrindo pra vc!
Perfeito!
Sentiria a resposta, caso me coubesse...
uiii.. rolo um climaaaaaa..
ahuauhahu
incondicional.
:)
rs.
Bonito!
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