Prometi que não me apaixonaria por você, que não te ligaria, que não pensaria como teria sido se não tivéssemos voltado para casa antes de ver o sol nascer na última noite que estivemos juntos. Prometi que não ouviria mais a terceira faixa do Wilco, a quarta do Fleet Foxes, a quinta do The xx, cheguei a esconder o Blonde on Blonde embaixo do banco do carro, fingi que não conhecia Visions of Johana e todas as outras músicas de amor que poderiam desprender os pensamentos e sentimentos que estive tentando evitar. Prometi que dormiria cedo, que acordaria tarde, que não escreveria mais nenhuma das minhas verdades, e que você ficaria para sempre nas minhas lembranças do passado, das noites passadas, das nossas conversas que tanto enganaram o silêncio das nossas vidas solitárias.
Não funcionou, veja bem.
Aqui estou eu escrevendo, pensando e insistindo. Não durmo e continuo escutando tudo que tinha escondido dos meus sentidos, das minhas vontades enlouquecidamente apaixonadas, das minhas palavras desencontradas nas estrelas pequenas que pontuam o céu limpo e escuro. Irreparavelmente apaixonado com tudo que fomos, com tudo que nunca poderemos ser, e até com o silêncio que agora existe entre nós dois, dias e meses depois de termos embaralhado os nossos destinos em uma dúzia de sorrisos longínquos e sinceros. Nunca arrependido, mas agora – e eternamente – perdido dentro da minha própria vida, aumentando e abaixando, escrevendo e apagando, negando e, finalmente, se acertando com vento, ao desalento, à mercê do nosso desesperado contratempo. Estou me libertando e, enfim, me entregando. Tardiamente te encontrando aqui: dentro de mim mesmo.
Bernardo BiagioniNão funcionou, veja bem.
Aqui estou eu escrevendo, pensando e insistindo. Não durmo e continuo escutando tudo que tinha escondido dos meus sentidos, das minhas vontades enlouquecidamente apaixonadas, das minhas palavras desencontradas nas estrelas pequenas que pontuam o céu limpo e escuro. Irreparavelmente apaixonado com tudo que fomos, com tudo que nunca poderemos ser, e até com o silêncio que agora existe entre nós dois, dias e meses depois de termos embaralhado os nossos destinos em uma dúzia de sorrisos longínquos e sinceros. Nunca arrependido, mas agora – e eternamente – perdido dentro da minha própria vida, aumentando e abaixando, escrevendo e apagando, negando e, finalmente, se acertando com vento, ao desalento, à mercê do nosso desesperado contratempo. Estou me libertando e, enfim, me entregando. Tardiamente te encontrando aqui: dentro de mim mesmo.
17 comentários:
encontrar alguém tardiamente dentro de si mesmo.
Parece que todos estamos destinados á isso quando fazemos as nossas promessas de amor (nunca cumpridas)
Lindo!
embaralhado os nossos destinos em uma dúzia de sorrisos longínquos e sinceros. " Perfeito. Parabéns.
É quando o querer nem sempre está ao nosso alcance, não é mesmo?
Beijo grnade!
você e suas palavras bernardo.. rs!
Eis o que estou vivendo...
confusa, inquieta mas apaixonada.
Adoro seus textos...
venha me visitar tbm...
Abraços
Eis o que estou vivendo...
confusa, inquieta mas apaixonada.
Adoro seus textos...
venha me visitar tbm...
Abraços
"embaralhado os nossos destinos em uma dúzia de sorrisos longínquos e sinceros." PERFEEEITOO!!
adooro os seus textos. Continue assim Bernardo! Parabéns. ^^
beeijo:*
insista!
boa tarde!
pelo menos o descumprimento rende ótimas sinestesias!
tardiamente se perdendo, alí: dentro de mim mesma.
Um encontrar tardiamente, em si.
O amor é totalmente atemporal.
Ainda é cedo, Bernardo.
Talvez por isso eu sempre demore.
legal, cara
Muito bom! Gosto do que você escreve... tanto os textos daqui, quanto as histórias das viagens, você escreve muito bem...
Suas palavras alçam vôo em minha mente, formam estórias e imagens. Isso é lindo, parabéns!
Bê... quero tempinhos com você... rola? Me ligaaaaa! Bjx
funcionou sim...
Excelente!
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