Ah! A maneira como ela joga os cabelos para trás. O homem é bobo, não percebe a sutileza, a coesão dos movimentos. A forma como empurra os problemas do mundo para a esquina da vida. Ela anda com seu vestido rodado rodando os anseios dos medos, contornando as incertezas dos desejos. A facilidade com que prosa, roga as alegrias alheias para uma composição amena de tranquilidade. Ela canta e não descobriu. Ela gesticula os versos menos perversos que o tango cigano ousou arriscar. É uma valsa. Ela valsa com os tormentos dos momentos que esqueceram de chegar. A maneira como conversa. Versa uma organização perfeita de palavras certeiras para um coração apaixonado. Envolve ainda o descrente, crente que o amor se esqueceu de amar. Ah...E quando ela brilha os olhos. A fraqueza é tão forte que parece de propósito. Acorda o meu coração desacordado do poder da desilusão. Eu quero encontrar o desencontro desse encontro. Se o desEncontro não fosse um encontro, ele não teria a hora marcada estampada alí no fim. Vem hoje! Vem depois! Eu te quero assim: perdida no encontro de nós dois.
Bernardo Biagioni.
3 comentários:
Se inspirar no engano dos sentidos!
Enlevar a alma
No doce gosto da paixão
Seria tão bom o recíproco!
Uau!
Que lindo!
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