Não há mal nenhum mal em vagar. Mesmo que nem tudo seja mar, entre uma onda ou outra é só deixar os braços correndo contra a corrente, ficar nadando como quem nada sem destino, como quem sabe da importância do caminho, sem força, sem fraqueza, apenas deixando acontecer.
Não há mal nenhum em navegar. Mesmo que nem todo barco tenha a sua proa, que nem todo amor saiba da sua dor, entre um horizonte e outro mora sempre uma ilha, ondulando no calor como uma miragem, como um pensamento perdido na saudade de tudo que poderia ter acontecido.
Não há mal nenhum em viajar. Mesmo que seja meus olhos nos seus olhos, meus dedos nos seus dedos, minhas respostas nas suas perguntas desencontradas, desencantadas, irreparavelmente desesperadas para serem silenciadas em um passo, em um beijo, em um lampejo de vontade.
Não há mal nenhum em te amar. Mesmo que seja só por hoje.
E depois nunca mais.
Não há mal nenhum em te deixar.
Há?
Não há mal nenhum em navegar. Mesmo que nem todo barco tenha a sua proa, que nem todo amor saiba da sua dor, entre um horizonte e outro mora sempre uma ilha, ondulando no calor como uma miragem, como um pensamento perdido na saudade de tudo que poderia ter acontecido.
Não há mal nenhum em viajar. Mesmo que seja meus olhos nos seus olhos, meus dedos nos seus dedos, minhas respostas nas suas perguntas desencontradas, desencantadas, irreparavelmente desesperadas para serem silenciadas em um passo, em um beijo, em um lampejo de vontade.
Não há mal nenhum em te amar. Mesmo que seja só por hoje.
E depois nunca mais.
Não há mal nenhum em te deixar.
Há?